quinta-feira, 19 de março de 2015

Alice no País das Maravilhas

Em meio à crise política, econômica e social que se instaurou País, tenho procurado refletir sobre o que me leva a acreditar no Brasil. Um otimismo isolado e quase eufórico e na contramão da onda de pessimismo geral. Nada disso ligado a partidarismos, ideologias, utopias, mas ao conhecimento real acumulado ao longo de cinco anos atuando na área de divulgação científica. Tive o privilégio de descobrir um Brasil de gênios e de pessoas que fazem a diferença por onde passam. Relatos incríveis de cientistas brasileiros que cravaram o nome na memória mundial pelos seus feitos, criatividade e determinação. Mas apesar de todo esforço de muitas lideranças do meio científico e de alguns raros jornalistas, ainda são poucos os espaços dedicados às boas e inúmeras notícias que transbordam das escolas, universidades, centros de tecnologia e institutos de pesquisa espalhados pelo território brasileiro. Sem contar as centenas de talentos descobertos nas chamadas Olimpíadas do Conhecimento que movimentam instituições de ensino por todo o País. Mas o Brasil, mais do que nunca, vive o seu complexo de colônia e de “patinho feio”, acreditando que tudo que é de fora é melhor. Agora também sofrendo com crise de identidade, ao perder o seu título de País do futebol, depois da humilhação do 7X1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. Recentemente, ao cobrir o lançamento do projeto Facebook na Comunidade, pude ouvir executivos da Companhia falarem da criatividade do povo brasileiro e que a ideia da iniciativa teria nascido de uma experiência de certo empreendedor da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, que teria descoberto a rede social como instrumento para a divulgação dos seus negócios. E o Facebook levou a ideia para os engenheiros da empresa, nos Estados Unidos, bolarem um programa com a mesma finalidade. E o projeto surgiu e foi instalado, pioneiramente, na comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Então eu procuro refletir sobre quem realmente não tem estimulado o crescimento do País. É o governo? Seja ele qual for? Acho que não!!! Para mim só tem uma resposta: aqueles que não acreditam no País e na sua própria capacidade. Quem sabe um dia acordarei desse sonho de “Alice no País das Maravilhas”, que no filme também enfrenta e percebe grandes perigos, entraves e turbulências, mas no fim vence o mal e descobre o melhor que o seu mundo tem para oferecer. Espero um dia sair dessa “Toca de Coelho” e ver esse Brasil que admiro refletido no peito de todo brasileiro. Por Denise Coelho SE VOCÊ ACREDITA NO BRASIL, COMPARTILHE ESSE SENTIMENTO!!!