Já deixei claro aos leitores em outra reflexão sobre a minha aprovação total ao projeto da Ficha Limpa, que mobilizou a sociedade em todo o País para impedir candidatos em débito com a justiça de participarem do processo eleitoral.
Uma campanha da sociedade civil brasileira com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais rígidos os critérios de quem não pode se candidatar.
Foram atingidos, com isso, já para essas eleições, os candidatos que possuem condenações criminais ou civis em virtude de atos ilícitos, em especial, pessoas que exerceram cargos públicos e, ali, praticaram desvio de verbas.
Realmente, não podemos negar a importância da iniciativa... Afinal... Não queremos credenciar bandidos para decidir os rumos do País.
Esclarecida então a minha postura... Um desabafo!!
Estou realmente angustiada com a confusão dessas eleições. A Festa Democrática de que tanto gosto virou uma grande confusão de boatos, intrigas, ações na justiça e dúvidas.
Não foi possível acompanhar um debate pleno, em especial, em Brasília, minha cidade natal, onde a campanha eleitoral se baseou na discussão se a candidatura de Joaquim Roriz seria impugnada ou não. Simplesmente não houve debate!!! E quando a justiça decidiu, os eleitores foram obrigados a assistir a improvisada e desastrosa participação, no debate da TV Globo, da substituta e esposa de Roriz, Weslian Roriz; como ela mesma disse “humilhação”. Sem contar os outros candidatos que começaram a se agredir para descredenciarem uns aos outros por alguma mancha no passado político, profissional ou até pessoal.
O fato é que a aprovação da lei neste ano para valer ainda neste pleito (sem entrar na questão da mobilização que durou anos) forçou a justiça a ter que decidir questões importantes às vésperas do evento. Aliás, questões fundamentais para o País precisaram ser discutidas às pressas e sob a pressão política das eleições na corte maior do judiciário.
Caiu no colo do Supremo Tribunal Federal (STF) até decidir se os eleitores deveriam ou não levar dois documentos, porque uma simples decisão como essa poderia prejudicar candidatos apoiados pelos eleitores mais carentes e desinformados.
Gostaria mesmo de ouvir e conhecer melhor a proposta dos candidatos. Seja como for... indeferidos ou não, os registros que estão no alvo da Ficha Limpa devem ser analisados antes da diplomação para a posse (em 17 de dezembro). Até lá, muita coisa vai rolar, inclusive decisões do STF sobre a inconstitucionalidade ou não da ficha limpa.
No âmbito nacional, foram as declarações, denúncias e explicações por conta do vazamento de informações da Receita Federal que tomaram conta do espaço no debate político.
Na verdade, grande parte dos eleitores estava mesmo interessada em ver a postura e as declarações de personalidades que se candidataram, como é o caso do comediante Tiririca ( que ficou cotado no Ibope e nos vídeos divulgados na internet, onde dizia frases que ficaram famosas “você sabe o que um deputado faz? Eu também não...”, “Vote no Tiririca, pior que tá não fica”). Os eleitores se divertiram e também acompanharam as notícias sobre a viabilidade da candidatura, diante da possibilidade do artista ser analfabeto.
Seja como for.... a Ficha Limpa e até o Tiririca podem ter contribuído para prejudicar o debate sobre as propostas... mas trouxeram à tona a importância de se pensar numa verdadeira REFORMA NO PROCESSO ELEITORAL. TAMBÉM A INCLUSÃO DO ASSUNTO NO ENSINO PÚBLICO DE FORMA PERMANENTE E NÃO APENAS TEMPORÁRIA!!
NÃO ENTENDO PORQUE O CIDADÃO NÃO RECEBE INSTRUÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO NA ESCOLA. MUITOS NÃO SABEM O PAPEL DOS NOSSOS POLÍTICOS... E MUITO MENOS SOBRE AS GARANTIAS E DIREITOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO!
VAMOS À ELEIÇÃO 2010!!! QUEM TEM AINDA DÚVIDA, PODE SER INTERESSANTE FAZER UMA RONDA NA INTERNET PARA CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O SEU CANDIDATO!!!
BOA SORTE PARA TODOS NÓS!!!
Saiba mais sobre o projeto Ficha Limpa...
O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.
A história do Projeto de Lei Popular 518/09 começou com a campanha "Combatendo a corrupção eleitoral", em fevereiro de 1997, pela Comissão Brasileira Justiça e Paz - CBJP, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Esse Projeto deu continuidade à Campanha da Fraternidade de 1996, da CNBB, cujo tema foi "Fraternidade e Política".
Entretanto, só ganhou momento e posteriormente conseguiu ser aprovada após uma campanha nacional pela sua aprovação, a campanha Ficha Limpa, liderada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O movimento trabalhou mais de um ano para coletar 1,3 milhão assinaturas (1% do eleitorado nacional) nos 26 estados da federação e no Distrito Federal.
A Campanha visou enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei de iniciativa popular. Contou também com mobilização na internet através do Twitter, do Facebook e do capítulo brasileiro da Avaaz.org, uma rede de ativistas para mobilização global através da Internet.
Com informações do Wikipédia e do MCCE
Uma campanha da sociedade civil brasileira com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais rígidos os critérios de quem não pode se candidatar.
Foram atingidos, com isso, já para essas eleições, os candidatos que possuem condenações criminais ou civis em virtude de atos ilícitos, em especial, pessoas que exerceram cargos públicos e, ali, praticaram desvio de verbas.
Realmente, não podemos negar a importância da iniciativa... Afinal... Não queremos credenciar bandidos para decidir os rumos do País.
Esclarecida então a minha postura... Um desabafo!!
Estou realmente angustiada com a confusão dessas eleições. A Festa Democrática de que tanto gosto virou uma grande confusão de boatos, intrigas, ações na justiça e dúvidas.
Não foi possível acompanhar um debate pleno, em especial, em Brasília, minha cidade natal, onde a campanha eleitoral se baseou na discussão se a candidatura de Joaquim Roriz seria impugnada ou não. Simplesmente não houve debate!!! E quando a justiça decidiu, os eleitores foram obrigados a assistir a improvisada e desastrosa participação, no debate da TV Globo, da substituta e esposa de Roriz, Weslian Roriz; como ela mesma disse “humilhação”. Sem contar os outros candidatos que começaram a se agredir para descredenciarem uns aos outros por alguma mancha no passado político, profissional ou até pessoal.
O fato é que a aprovação da lei neste ano para valer ainda neste pleito (sem entrar na questão da mobilização que durou anos) forçou a justiça a ter que decidir questões importantes às vésperas do evento. Aliás, questões fundamentais para o País precisaram ser discutidas às pressas e sob a pressão política das eleições na corte maior do judiciário.
Caiu no colo do Supremo Tribunal Federal (STF) até decidir se os eleitores deveriam ou não levar dois documentos, porque uma simples decisão como essa poderia prejudicar candidatos apoiados pelos eleitores mais carentes e desinformados.
Gostaria mesmo de ouvir e conhecer melhor a proposta dos candidatos. Seja como for... indeferidos ou não, os registros que estão no alvo da Ficha Limpa devem ser analisados antes da diplomação para a posse (em 17 de dezembro). Até lá, muita coisa vai rolar, inclusive decisões do STF sobre a inconstitucionalidade ou não da ficha limpa.
No âmbito nacional, foram as declarações, denúncias e explicações por conta do vazamento de informações da Receita Federal que tomaram conta do espaço no debate político.
Na verdade, grande parte dos eleitores estava mesmo interessada em ver a postura e as declarações de personalidades que se candidataram, como é o caso do comediante Tiririca ( que ficou cotado no Ibope e nos vídeos divulgados na internet, onde dizia frases que ficaram famosas “você sabe o que um deputado faz? Eu também não...”, “Vote no Tiririca, pior que tá não fica”). Os eleitores se divertiram e também acompanharam as notícias sobre a viabilidade da candidatura, diante da possibilidade do artista ser analfabeto.
Seja como for.... a Ficha Limpa e até o Tiririca podem ter contribuído para prejudicar o debate sobre as propostas... mas trouxeram à tona a importância de se pensar numa verdadeira REFORMA NO PROCESSO ELEITORAL. TAMBÉM A INCLUSÃO DO ASSUNTO NO ENSINO PÚBLICO DE FORMA PERMANENTE E NÃO APENAS TEMPORÁRIA!!
NÃO ENTENDO PORQUE O CIDADÃO NÃO RECEBE INSTRUÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO NA ESCOLA. MUITOS NÃO SABEM O PAPEL DOS NOSSOS POLÍTICOS... E MUITO MENOS SOBRE AS GARANTIAS E DIREITOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO!
VAMOS À ELEIÇÃO 2010!!! QUEM TEM AINDA DÚVIDA, PODE SER INTERESSANTE FAZER UMA RONDA NA INTERNET PARA CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O SEU CANDIDATO!!!
BOA SORTE PARA TODOS NÓS!!!
Saiba mais sobre o projeto Ficha Limpa...
O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio de 2010 e também foi aprovado no Senado Federal no dia 19 de maio de 2010 por votação unânime. Foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.
A história do Projeto de Lei Popular 518/09 começou com a campanha "Combatendo a corrupção eleitoral", em fevereiro de 1997, pela Comissão Brasileira Justiça e Paz - CBJP, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Esse Projeto deu continuidade à Campanha da Fraternidade de 1996, da CNBB, cujo tema foi "Fraternidade e Política".
Entretanto, só ganhou momento e posteriormente conseguiu ser aprovada após uma campanha nacional pela sua aprovação, a campanha Ficha Limpa, liderada pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O movimento trabalhou mais de um ano para coletar 1,3 milhão assinaturas (1% do eleitorado nacional) nos 26 estados da federação e no Distrito Federal.
A Campanha visou enviar à Câmara dos Deputados um projeto de lei de iniciativa popular. Contou também com mobilização na internet através do Twitter, do Facebook e do capítulo brasileiro da Avaaz.org, uma rede de ativistas para mobilização global através da Internet.
Com informações do Wikipédia e do MCCE
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