quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vida Tecnológica...

Meus últimos quatro anos foram marcados por mudanças importantes, neste caso a ser abordado, no aspecto da comunicação. Apesar da resistência inicial, fui forçada a entrar para o mundo virtual, pela insistência dos amigos inseridos nas comunidades sociais, etc. No campo profissional, a experiência pela Agência Radioweb (empresa que funciona como uma vitrine virtual de boletins de rádio disponibilizados via internet) também fui desafiada a escrever no Blog do Radiojornalismo (que está na minha lista de blogs). E para completar, passei a atuar com jornalismo científico na internet.


Então o rádio e a busca pela informação geral e de serviço foram deixando de fazer parte do meu foco de notícias.O indispensável rádio foi ficando para segundo plano... instrumento, até então, fundamental em minha rotina diária. Quando percebi, passei a andar de metrô para não pegar trânsito e estacionamento congestionado (portanto, sem o radinho do carro ligado às notícias) e, ainda, passei a buscar as notícias nos diversos sites do meio pela facilidade. Passei a me questionar... O futuro desse meio de comunicação (rádio) está ameaçado realmente com a vinda da internet? Ou ainda podemos acreditar que a interação entre os diversos veículos de comunicação deve preservar a sobrevivência harmoniosa entre TV, rádio, internet, imagem e jornal?


O fato é que sinto aquela nostalgia em relação à máquina de escrever e saudade das cartinhas no correio e cartões de aniversário. Agora uma mensagem no Orkut/Facebook (etc) ou um cartão por email cumprem a função de nos fazer lembrar e viabilizar um rápido cumprimento aos nossos queridos em datas comemorativas. As pessoas não têm mais tempo... as notícias ficam velhas em segundos... Acabei de lembrar que tem quase um mês que não uso agenda e o telefone só para assuntos emergenciais.


Certo dia, pensei em fazer um jantar diferente... logo pensei em ligar para a mama para receber as orientações culinárias... quando vi, estava em frente ao computador com receitas e opções diversas. Perdi a chance naquele momento de aprender uma tradicional receita familiar. As pessoas se aproximaram ou se afastaram com a internet? Eu que sou de uma fase de transição... confesso que me assusto com a nova realidade. Fico olhando a minha caixa de vinis raros e antigos sonhando com o dia que vou comprar um vitrola (com agulha) para ouvir meus músicos prediletos. Tenho saudade das coleções... não tenho coragem de jogar minhas raridades do lixo.

Mas vamos lá... que hipocrisia... já faço parte desta nova geração... já me beneficio com a tecnologia. O que me preocupa é saber como mostrar às crianças como filtrar todo esse mundo de possibilidades e informações. Como nós pais podemos com isso? Aonde vamos chegar?

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